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Que tal a Capital? | Parte 2

Grande Brasilia

Após aceitar o desafio que falamos aqui, começamos nossa exploração pela Torre de Televisão de Brasília,  que está lá desde 1965 e é nada menos que a segunda maior estrutura do Brasil. Por acaso a encontramos depois de perguntar para a vendedora do City Tour “O QUE TEM PRA FAZER EM BRASÍLIA”? Ela respondeu: vocês gostam de artesanato? Tem uma feira ali perto da Torre de TV”. E não é que a tal torre de TV permite visitação, e de lá foi possível ver toda a cidade em 360 graus? Uma boa.

Torre de TV de Brasília – 224 metros de altura

Realmente dá pra ver quase tudo, desde o Estádio Nacional de Brasília – que está sendo reformado para a Copa –  passando pelo Eixo Monumental, que é onde se concentram todos aqueles cartões postais carimbados de Brasília: Esplanada dos Ministérios, Catedral, Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional, que formam a Praça dos 3 Poderes, bem como o Memorial e a Ponte JK – considerada a “ponte mais bonita do mundo” até uma vista do Lago Paranoá.

Eixo Monumental de Brasília

Esplanada dos Ministérios – Eixo Monumental

Catedral Metropolitana de Brasília

Estádio Nacional de Brasília

Memorial JK – Fundador de Brasília

Ponte JK e Lago Paranoá

Com o City Tour, que leva 2 horas, pudemos ver de perto todos esses cartões postais, passando também pelo Palácio da Alvorada, residência  oficial da presidência… Não é o mesmo que o Palácio do Planalto, lugar de trabalho da presidência.

Palácio da Alvorada

Um aspecto interessante da cidade é que ela é predominantemente administrativa, ou seja, no Plano Piloto moram poucas pessoas, e por esse motivo, Brasília se mostra uma cidade quase desértica, apesar de seu entorno, conhecido como “Grande Brasília” apresentar alta densidade populacional.

Para um brasiliense é comum dizer ao colega de trabalho “boa viagem” ao invés de “vai com Deus”… É uma forma de brincarem com o fato de levarem até 3 horas para chegar ao Plano Piloto e trabalhar. Vale lembrar que a maioria dos trabalhadores de Brasília são servidores públicos, concursados, etc. É por esse motivo que a cidade fica cheia durante a semana, e nos finais de semana mostra-se desértica, uma vez que há um fluxo de ida para as casas (que podem ser até em outros Estados). Também é costume os amigos se reunirem nas casas de outros amigos, já que as opções de diversão em Brasília são limitadas.

Tecnicamente ocorre que as regiões periféricas de Brasília (Cidades satélites) concentram as pessoas, e por esse motivo, é lá que elas se divertem, nos cinemas, baladas, festas, etc. Brasília mesmo possui algumas poucas opções de diversão, principalmente noturna. Então, a dica para quem for para Brasília e quiser se divertir é: conheça as cidades satélites, pois é lá que encontrará vida fora de Brasília.

Não é exatamente uma cidade amiga dos pedestres. Tanto, que a maioria das pessoas de lá andam de carro, e não por coincidência, existem bolsões de estacionamento em vários pontos da cidade. Quando o pedestre se aventura a andar pelas ruas, pode muitas vezes deparar com a falta de calçada, ou calçadas dominadas pelos canteiros das obras.

Quanto ao calor… ahh, essa é uma característica marcante, porque lá sim é quente, e o Sol queima pra valer. Se um dia for para lá, considere o filtro solar e seus trajes de banho para se refrescar (sim, eles andam de sunga no parque). Talvez o Parque da Cidade poderá aliviá-lo nessa tarefa, porém apesar de extremamente grande e possuir muitas árvores, ainda assim é um parque artificial, e as sombras não estão nos lugares que deveriam estar… hehe… Não deixa de ser um bom passeio…

Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek

Sim, algumas pessoas vão ao parque de sunga

E se vocé está acostumado com a vida de cidade grande, com passeios em shoppings, lá a vantagem é que, com exceção do ParkShopping, os demais shoppings como Conjunto Nacional, Pátio Brasil e Brasília Shopping ficam próximos.

 A gastronomia recebe influência nordestina e goiana, mas também a mineira é notável.

Não vimos muitos restaurantes, bares, lanchonetes, etc,  por causa da localização em que estivemos a maior parte do tempo (Setor Hoteleiro Norte).  Porém, como dica,  no Brasília Shopping, encontramos o “Carpe Diem La Parrilla”, que serve a tradicional parrilla argentina, o que nos salvou a pele. O bom é que tem cara de restaurante mesmo, e não de mais um fast-food de shopping. A decoração é caprichada e o prato (ojo de beef) é muito saboroso. Recomendado.

Carpe Diem

Carpe Diem

Carpe Diem

Por fim, podemos dizer que vimos as obras grandiosas, a arquitetura moderna, uma cidade verdadeiramente planejada, que tem uma história interessante no que tange sua concepção e sua construção. E, apesar de muitos considerarem a construção de Brasília um erro do presidente Juscelino Kubitschek, ela é a prova de que o brasileiro pode tudo. Pode inclusive construir uma capital no meio do deserto em apenas 5 anos. E foi o que fizeram. Portanto, se um dia te perguntarem o que você foi fazer em Brasília, você pode simplesmente responder: vim ver do que o brasileiro é capaz.

Bandeiras

Homenagem aos candangos, os construtores de Brasília, em sua maioria, nordestinos.

Fotos por: Antonio Adriano Brito e Reinaldo Oliveira

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Que tal a capital? | Parte 1

Por que Brasília? O que tem de bom em Brasília? Você veio fazer o que aqui?

Essas são algumas das perguntas que muitos nos fizeram nessa viagem.

A resposta é bem simples: Brasília é a capital do nosso país, e querendo ou não, é de lá que vem a maioria das decisões que afetam nosso cotidiano. Todo brasileiro ouve o nome dessa cidade quase que diariamente e sabe que ela representa o poder.

Mais interessante do que o jogo do poder, é descobrir o que tem a capital do seu país, pois muitas vezes é mais fácil conhecermos as capitais de outros países do que do nosso. Mas nem só de política vive Brasília. Ela é uma cidade considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. Um grande título para uma cidade que tem apenas 50 aninhos, num corpinho de verdadeiro avião. Sim, a cidade foi desenhada em forma de avião, e por esse motivo existem os tais termos “ Plano Piloto, Asa Sul, Asa Norte e por aí vai…

Quase tudo em Brasília tem o toque de Oscar Niemeyer. Para amantes da arquitetura, a cidade é sem dúvida, fonte de inspiração e estudo. Gera no mínimo uma boa discussão, mesmo para leigos no assunto.

A cidade foi planejada por Lucio Costa, e é toda dividida por setores. Há por exemplo, o setor hoteleiro, os setores comerciais, hospitalar, de abastecimento, de gráficas, e até o setor de diversões!  Engana-se quem acha que os brasilienses se perdem com os códigos e os números relativos aos setores e as quadras. Eles sabem a cidade como a palma da mão.

Já quando o assunto é turismo… os brasilienses realmente estranham o movimento turístico, e sempre questionam: O que vieram fazer em Brasília se não vieram a trabalho?

Diante desse desafio, resolvemos descobrir o que é que Brasília tem afinal.

Contaremos essas descobertas no próximo post ;)

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Boas dicas de Curitiba à Fortaleza

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O Levo na Mochila está sempre em busca de parcerias para oferecer cada vez mais dicas e o melhor conteúdo para  manter nossos amigos viajantes sempre informados. Dessa vez contamos com a colaboração da FalaTurista, empresa que opera em mais de 150 cidades brasileiras, oferecendo hotéis para reservas online.

A dica de hoje vai agradar tanto os amantes de um friozinho quanto aos amantes do calor.

Aproveitem ;)

Quem gosta de mochilar já sabe que economia é o segundo passo para fazer uma viagem bacana: o primeiro é escolher o destino. E para viver dias de alegria, descanso e descobertas culturais e artísticas em um canto diferente não é preciso, necessariamente, sair do Brasil. Nosso país é um caldeirão de manifestações culturais em cada região. Por exemplo, já considerou viver todas as delícias de Curitiba, no sul do país, ou Fortaleza, no coração do Ceará?

No friozinho de Curitiba

Em Curitiba o mochileiro vai ver uma outra cara do Brasil. Apesar de ser capital e de ser cidade grande e organizada, a principal cidade do Paraná apresenta um cenário de filme com ares provincianos. Reservar hotel por lá é uma das melhores atividades da viagem, já que a rede hoteleira – assim como a gastronômica – em solo curitibano é de cair o queixo em relação a outros locais do Brasil.

Na cidade é possível viver alguns dias de total aproximação com a natureza, já que são mais de vinte e cinco parques com uma área verde preservada que supera os 80 mil m². E até os bosques e parques, por sua característica cultural, apresentam nuances e fatos do Brasil na época das grandes imigrações européias de italianos, alemães e portugueses e também da imigração japonesa, com vários memoriais a esses eventos espalhados pelos bosques da cidade.

E esse potencial pelas belezas naturais do estado é que fazem Curitiba ser ainda mais bonita e organizada, em relação a outras capitais brasileiras. Não é a toa que um dos principais cartões postais da metrópole de dois milhões de habitantes é justamente seu Jardim Botânico, com uma imperiosa estufa metálica que abriga espécies de plantas comuns em todo o país. A Ópera de Arame, outro monumento dentro de parque, também atrai muitos olhares por suas nuances entre o que o homem faz e o que a natureza fabrica.

Quem escolhe a capital do Paraná como destino e decide reservar albergue ou hotel em Curitiba pode esperar por uma grande imersão cultural. Por lá é possível ver o Museu Oscar Niemeyer, que tem 16 mil m² destinados a exposição de obras de arte, com uma arquitetura que, claro, não poderia deixar de ser exuberante, e o teatro Guaíra, uma das maiores casas de espetáculo da América Latina. Entre museus, igrejas e parques vale a pena visitar Curitiba e tirar de lá o maior número possível de boas experiências.

No calor de Fortaleza

Essa máxima também vale para o viajante que vai pesquisar hotéis em Fortaleza e seguir seu rumo pelo nordeste do Brasil. Cidade praiana e muito animada, a capital do Ceará nos lembra constantemente que há espaço na vida para o trabalho, para o descanso e para a simples constatação de que estar vivo vale muito a pena. Fortaleza tem muitos pontos turísticos certos, como o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, e muitos “neo-clássicos” que sempre chamam a atenção, como a casa onde foi tramado o maior assalto a banco da história do país, contada no filme Assalto ao Banco Central no ano de 2011.

Fora os passeios pela cidade e sua rica manifestação gastronômica está a possibilidade de conhecer um dos mais lindos recortes litorâneos de todo o Brasil. Vale a pena dar uma passada pelas praias de Iracema, Mucuripe e Praia do Futuro e, quem sabe, estender a viagem até Canoa Quebrada e Jericoacoara, verdadeiros paraísos naturais do nosso nordeste. E não se esqueça da lembrança de que a vida pede descanso: aproveite os momentos entre um passeio e outro para tirar um cochilo na rede e compre uma, nas feirinhas de artesanato das praias, para trazer na mochila um pedacinho tradicional desse lindo estado.

Post por FalaTurista
Fotos Google Images e Danyelle Fioravanti

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